quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quem apostará nos “Mini-mercados de vizinhança” após a separação Carrefour/rede Dia? No RN, quase aconteceu

A maior rede de supermercados, Carrefour, acaba de anunciar a sua separação do grupo de supermercados Dia, de origem espanhola (criada em 1979) mas que foi adquirida pelo grupo francês em 2000 (e que conta com unidades na Espanha, França, Portugal e Grécia, mas também Argentina, Brasil, Turquia e China). Parece que a estratégia não deu muito certa e o Carrefour anuncia que se "concentrará" em sua tradicional estratégia.

 

A rede Dia trazia um conceito relativamente pouco explorado no mercado brasileiro, a de "minimercados de vizinhança": lojas com espaço bem menores do que os supermercados, em áreas eminentemente residenciais, onde são oferecidas as principais marcas (menor variedade de produtos e menor diversidade de marcas: o essencial, desde que conhecido pelo consumidor).

 

O diferencial, de fato, dos mercadinhos tradicionais que conhecemos, é que por trás das lojas tem o suporte de uma grande rede com várias lojas em que o volume de compras global permite oferecer  grandes marcas, além da uniformidade na comunicação, na gestão, no lay-out etc.

 

Aqui no Rio Grande do Norte "quase" tivemos esse conceito.

 

Com os investimentos estrangeiros nos últimos anos a tendência "natural" seria a oferta desses minimercados que são tão comuns na Europa e têm grande receptividade (ao contrário do brasileiro, em geral, que prefere compras grandes, de carro, em grandes supermercados, o europeu compra muito no minimercado do bairro ou do próprio quarteirão).

 

Tivemos aqui no Estado empresários estrangeiros avaliando o mercado para melhor divulgar esse novo conceito. Mas, a crise europeia e a queda dos investidores daquele país, eliminou essa hipótese.

 

O outro caminho, investimentos do Carrefour no Brasil com a rede Dia, agora, também desaparecem.

 

O conceito de franquias em minimercados em que todas as regras são ditadas pelo proprietário da marca demorará mais um pouco; pelo menos via Carrefour que contava, até então, expandir as quase 400 lojas da rede Dia no Brasil.

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