sábado, 25 de janeiro de 2025

2025, ano do pingti?

 O novo é relativamente novo e está ganhando espaço global em função de um movimento de consumo que está partindo da China. Primeiramente é necessário situar um pouco sobre o mercado dos itens de grande luxo, aquelas marcas icônicas da moda e da beleza que tiveram um ano ruinzinho em 2024 (com exceção da LVHM). Para algumas marcas internacionais a queda foi tão acentuada que o mercado anda se perguntando se foi um efeito global ou alguns consumidores começaram a se cansar da marca. O fato é que 2024 não foi um dos melhores anos para o luxo.

E parte dos consumidores responsáveis por esta queda são os chineses (e as chinesas). A queda nas compras de item de luxo lá na China não era algo esperado e nem se projetava uma tendência tão forte como está acontecendo agora. Um dos grandes mercado impulsionador de artigos e serviços de luxo assim como do turismo está nas mãos do poder de compra dos chineses que conseguiram uma melhoria na qualidade de vida e renda e tornou-se um dos países com maior número de milionários nos últimos anos. Com tanto dinheiro assim, foram às compras. E compraram muito, aliás continuam comprando bem mas já não do mesmo jeito.

E com isto que saiu ganhando foi justamente o mercado produtor de pingti! O termo significa itens que se assemelham às marcas tradicionais, globais e chiques, sem repetir necessariamente seu design nem mesmo colocar os símbolos que identificam cada uma delas. Portanto, tecnicamente não é plágio. Nem é pirataria.

E nem tampouco é produto de baixa qualidade, pelo contrário. São produtos bons, com matérias-primas de qualidade, com design elaborado e com qualidade superior à média norma de outras marcas com a diferença principal é que os itens pingti se inspiram nas marcas icônicas; assim, para uma pessoa leiga que esteja desatualizada dos lançamentos de uma destas marcas de brilho até poderia passar desapercebida a origem do item e julgar que seria um daqueles produtos top do mercado.

Os produtos pingti têm outra vantagem: são bem mais baratos do que as marcas icônicas, mesmo parecendo com elas, e também são bem mais caras do que as marcas piratas em função da qualidade, que é uma de suas referências no mercado. E este novo modelo está conquistando os chineses e as chinesas; e a ideia está se espalhando para outros países em que o consumo de itens de luxo já é quase uma tradição. Algumas empresas estão se perguntando se é uma moda passageira ou uma nova tendência de mercado.

Aqui, particularmente, não temos muita preocupação, a maioria dos produtos “parecidos” são verdadeiras piratarias e cópias de pouca qualidade, nada que possa confundir alguém nem quanto à qualidade nem quanto ao preço. Mas, pode até ser uma oportunidade para exibir um modelo inspirado numa grande marca e comprado por um valor bem menor. E se alguém perguntar “o que é isto?” basta responder “é pingti”; claro, com um pronúncia também internacional...

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