Não, não sou de assistir BBB, nem sou fã, já passei – há um bom tempo, felizmente, de assistir algo sobre o assunto e hoje nem propaganda em me interesso mais – desta fase. Não sei quem entra ou sai mas não deixo de ver algumas notícias nos jornais de grande circulação que às vezes mencionam um ou outro malabarismo. Uma das coisas que aprendi, mesmo não sabendo como funciona, é que tem uma prova do líder. Achei o nome bem interessante e bem sugestivo e às vezes acredito que foi inspirado na política. Tenho certeza, claro, que não foi inspirado nem no momento atual nacional nem mesmo no momento atual local.
Mas, temos pelo menos duas provas de líderes acontecendo, uma pontual e outra mais duradoura. A prova do líder mais pontual ou pelo menos mais imediata é a da eleição para presidentes da Câmara e do Senado, acirrada, como não deveria deixar de ser (eleição com candidato único é quase sinônimo de antidemocracia – ou de falta de opção) e com promessas e apoios, tal como acontece em todo o processo de escolha. Nesta prova do líder nacional todas as especulações são possíveis, todas as artimanhas são desmontadas ou demonstradas e todo tipo de informação circula, daquelas reais e daquelas bem fantasiosas. Nada de diferente, diria. Nestas duas eleições nacionais o eleitor, o cidadão comum, passa longe, nem participa e nem tem mesmo direito a opinar, e isto é tanto real que não tem nenhuma pesquisa de intenção de voto com a população. Claro, nós não votamos, são eles. Mas, se eles estão nos representando, bem que poderia haver uma consulta popular. Mero sonho ou mera divagação, mas seria interessante saber qual é a opinião pública pois vale lembrar que estarão elegendo, ainda que de forma eventual ou esporádica, alguém que poderá ocupar a cadeira da Presidência da República.
Já aqui mais perto – inclusive geograficamente – perto de nós, temos a prova de liderança do atual Prefeito de Natal que em menos de um mês de mandato já teve que modificar sua nomeação para a Secretaria da Saúde. Pelo que li no noticiário, a atual ex-Secretária teria nomeado pessoas com sintonia diferente do viés político do Prefeito, seu Chefe. A pressão deve ter sido forte e ele não demorou muito para mostrar que tinha outras ideias e de que atendia ao resultado da eleição popular. Mais do que isto, criou sua própria prova do líder.
Lá e cá, cá e lá, não é diferente no mundo da política. Há poucas vagas de líderes e alguns que conseguem chegar ao topo podem sofrer com o efeito Severino Cavalcanti, aquele que foi Presidente da Câmara, candidato que ninguém imaginava ter chance, mas que acabou sendo eleito em 2005, quando a expressão “baixo clero” ganhou toda sua expressão, toda sua notoriedade. Renunciou (foi meio “forçado” a renunciar) poucos meses depois...
Não nos faltam líderes, alguns conhecidos e outros
reconhecidos, muitos são desconhecidos quando o universo se amplia. E esta
regra vale para a política, para a religião, para o mundo das celebridades,
para os negócios etc. Antigamente se utilizada uma expressão pejorativa, de que
“quem tem chefe é índio”. Mas nunca ouvi uma expressão negativa do estilo “quem
tem líder é...”; afinal, não faltam candidatos à líderes. Com ou sem prova, com
ou sem comprovação.
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