O órgão que regulamenta e autoriza a taxa de juros para os empréstimos consignados do INSS decidiu autorizar um aumento, onerando o custo para os aposentados. A decisão é recente e já está em vigor para 2025, lembrando que tivemos um longo embate há alguns meses quando houve a decisão de criar um teto da taxa e que gerou insatisfação por parte de algumas empresas e bancos, argumentando que os custos não compensariam, não seria mais vantajoso oferecer dinheiro para empréstimo. Foram derrotados nesta luta e os bancos oficiais contribuíram, de certa forma, para a decisão governamental.
Agora, com a nova taxa de juros do mercado e os aumentos sucessivos da chamada taxa Selic, não teve jeito: o teto que era de 1,66% ao mês terá um pequeno reajuste, passando para 1,8%, e isto para os empréstimos em que o pagamento ocorre diretamente com o desconto na folha, ou seja, para aqueles em que o risco é bem menor, quase zero. A diferença neste aumento é pequena, apenas 0,14% ao mês, algo imperceptível para a maioria dos aposentados, principalmente para aqueles que fizeram empréstimos para pagamento em um curto período de meses.
Fazendo as contas, quem tinha um consignado de R$ 10 mil reais teria um total (em um ano) a pagar de R$ 13.203,79. Mas agora, com a nova taxa, o valor será de R$ 13.406,90, uma diferença de R$ 203,10 ou, se você preferir, um custo adicional mensal de R$ 16,93. É um valor baixo, sem dúvida, cobrado a mais por mês. A questão para o aposentado é que o consignado tem uma duração maior no prazo do pagamento e isto acaba onerando as contas.
Com a antiga taxa de juros o valor do empréstimo consignado era de 19,92% ao ano e passará para 21,6%. E em um empréstimo de 5 anos, por exemplo, o aumento será impactante, é como se o aposentado tivesse um aumento de mais um ano de juros em suas despesas; a conta, nesta hora, já pesa e poderá impactar mais efetivamente na receita da família.
Por outro lado este simples aumento é muito interessante para os bancos, as empresas de consignados e os agentes financeiros que fazem os empréstimos. É que quando se multiplica este aumento pelos milhões (dezenas de milhões?) de pessoas que fazem consignados todos os anos, a receita das empresas terá um bom salto, e 2025 será um ano bom para eles.
De quem é a culpa deste aumento? Da taxa Selic, claro. Com
o patamar de 14,25% não há outra solução, tudo fica mais caro, a começar pela
mercadoria mais valiosa deste mundo, o dinheiro. O valor da taxa dos consignados
pode ser definido por “lei”, por alguma norma editada; já a taxa Selic segue
outra, aquela conhecida de todos nós, a “lei do mercado”, também conhecida por
ser incontrolável.
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