quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Completa!

 

Esta era uma expressão até mais comum de se dizer, há alguns anos, quando íamos ao posto de gasolina abastecer o veículo. Não que fosse acessível e barato para todo mundo, mas é que era possível com maior frequência e não afetava muito aquela conta para pagar de uma única vez. “Completa!” acho que deve ser cada vez menos ouvido pelos frentistas e principalmente a partir de hoje.

Até ontem os postos ainda indicavam o litro de gasolina a menos de R$ 6,00, até mesmo por R$ 5,87. Hoje cedo, e eu pensando em abastecer o carro, tomei um susto: no posto de gasolina que tem o hábito de ter um preço melhor aqui em Natal já estava R$ 6,87! Achei tão absurdo que saí em busca de outro, história de ver se eles tinham antecipado o aumento e se alguém ainda tinha preços melhores.

Mas, desisti da ideia depois de passar por cinco postos. O mais barato estava e R$ 6,87 e alguns, diria, postos com uma gestão (bem) mais ousada, já marcavam R$ 6,89. E olha que se a notícia da defasagem dos preços praticados no mercado brasileiro for do tamanho que está sendo divulgada na imprensa, no próximo aumento anunciado pela Petrobras o valor de R$ 7,00 será ultrapassado fácil, fácil, “facinho” mesmo.

Este aumento, de agora, já estava anunciado, mas somente a partir do sábado e por causa do ICMS. Nunca vi tamanho planejamento e antecipação de forma tão coincidente como este aumento de hoje. Fiquei impressionado em ver vários postos já aumentando os preços de um produto que ainda vai ter preço novo daqui a dois dias, no sábado; todos tiveram a mesma ideia de ontem para hoje e todo consumidor deve ter achado estranho tão grande e repentino aumento. Bom, pelo menos eu achei.

Fazendo contas rápidas, um aumento de um real por litro afetará as pessoas de forma diferente. Mas, digamos que uma média de 2 tanques de 40 litros por semana, significará oitenta reais a mais no final do mês e quase R$ 1.000,0 extras em um ano. Muito, sem dúvida. E se fizermos esta mesma conta para as empresas, para as transportadoras que rodam sem parar e que consomem muito combustível, qual será o impacto deste aumento nas despesas destas empresas? Elevado! Naturalmente, é a regra de mercado, o aumento será repassado para toda a cadeia até chegar... a nós. É assim o mercado, no final quem paga a despesa é sempre o consumidor.

Lado bom? E há lado bom? Sim, basta estar “do outro lado” para pensar diferentemente. Este aumento, forte, do tributo e talvez do reajuste no preço das refinarias, significará um aumento de arrecadação para todos os estados, de forma mais imediata, e também para o Governo Federal com os tributos que são arrecadados pela União. Não dá ainda para avaliar se este aumento impactará na redução do consumo mas, pouco provável que diminua consideravelmente, continuaremos, nós e as empresas, a depender de combustível. Para continuar, então, “do outro lado”, a arrecadação de impostos em março e principalmente a partir de abril trará um bom alívio para a contabilidade pública. Bom, não?!


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