A Bonor já foi um ícone da indústria potiguar. Entre as diferentes
denominações da empresa (com seus CNPJ) além da também indústria Fane (do mesmo
grupo de proprietários), já foi motivo de ilustre apresentação da capacidade
empreendedora local que ousou produzir para abastecer o mercado local tanto
quanto o mercado nacional e, durante anos, foi exportadora.
Nos anos 1980-90, quando o setor têxtil estava bem representado no
Estado (Soriedem, Guararapes, T Barreto etc) e quando produzíamos quase 10% de
todas as camisas sociais masculinas do Brasil, o botão tinha vários
consumidores a apenas algumas centenas de metros da fábrica, alguns poucos
quilômetros. Com a queda da produção e a crise econômica nacional, a Bonor teve
que direcionar sua produção para outro público, no Centro-Sul; os custos e a concorrência
aumentaram.
Mas, quando o mercado abriu para a importação de camisas da China,
a crise foi maior ainda afinal, uma camisa pronta não precisa mais de botões,
já vem completa: cada camisa importada era uma queda na demanda interna por
botões.
A Bonor, que sempre teve em um de suas características
sensacionais a diversidade de botões, em formas e materiais, seguiu para o
mercado externo e durante alguns anos conseguiu uma nova opção de vendas. Um
pequeno parêntesis: ainda hoje o catálogo de botões mostra a criatividade e
riqueza da linha de produção da empresa, vale a pena consultar a página da
Bonor na internet.
Mas, recentemente, a situação mudou. Bastante.
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