terça-feira, 20 de abril de 2021

R$ 5 milhões a menos

 

A Camanor é uma referência na carcinicultura potiguar, foi quem praticamente “iniciou” a produção de forma estruturada e baseada em estudos e acompanhamento da melhor variedade  para o nosso clima, além do acompanhamento biológico e na alimentação, das pós-larvas ao tamanho/peso ideal para comercialização.

Entre idas e vindas da empresa e de seu empresário, a Camanor começou formalmente em 1983 e já foi, senão a maior do Estado, a mais estruturada, até que os grandes do setor começassem a investir, incluindo com empresários de outras áreas que viram na exportação de camarão uma imperdível oportunidade de lucro. Os tempos são outros, criar camarão ainda pode/é rentável, mas não é mais como antigamente: as despescas nos tanques ocorriam quase sob encomenda e somente quando o importador pagava antecipado! Mercado garantido e preços vantajosos; entrou muita gente, a demanda internacional caiu, os custos amentaram e muita gente ficou no caminho. Alguns achavam que era um aquário gigante, bastava colocar água e a pós-larva e esperar os 90 dias. Não era bem assim, muitos se aventuraram literalmente.

A Camanor já investiu mais, já desinvestiu e recentemente fez uma parceria internacional.

Apesar da mudança, a crise da pandemia foi complicada para todos. Não seria tão diferente para a Camanor que faturou R$ 57 milhões em 2019, mas apenas R$ 52 milhões em 2020.

Um dos motivos seria, explica a empresa, queda de 26% no preço do camarão inteiro e 10% no preço do filé do camarão. Pode ser um dos motivos mas a empresa não comenta se houve perda de mercado, nacional e/ou internacional.

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