Tudo começou quando a atual concessionária do aeroporto em São
Gonçalo do Amarante viu que a conta do lucro estava demorando demais para
decolar. As despesas aterrissavam mais rapidamente do que as receitas alcançavam
alguma altura capaz de fazer com que a empresa tivesse um bom resultado. Com
desculpas aos mais formais pelos trocadilhos, não podia deixar de fazer esta
semelhança que fugiu a todas as simulações que a empresa poderia ter feito. Ou,
se realizou as simulações não previu algo, ainda que seja o imprevisível. Não
foi fácil, desde o começo.
Não participei do voo inaugural. Aliás, lembra dele? O primeiro
voo foi a chegada em SGA e algumas pessoas pegaram um voo saindo do antigo
aeroporto e foram até São Paulo para poder fazer a viagem inaugural e poder
afirmar que estavam no primeiro voo! A divulgação desta primazia foi curta, a
mídia não espalhou muito o assunto e acho que hoje caiu no esquecimento: quem
teriam sido os pioneiros...?
Será que tinha alguém da atual concessionária?
Provavelmente sim, e esta data ficará marcada tal como ficou a
data em que venceram o leilão, em que lançaram a pedra fundamental e, muito
certamente, ficará marcada a data em que se livrarão do abacaxi. Infelizmente –
e digo isto pensando que todo investimento nasce com a promessa e expectativa
de lucro e que quando não dá certo, nunca é bom pensar no prejuízo que alguns
sofrerão -, foram anos de gestão no vermelho. Azul mesmo ficou apenas o céu que
cobre o aeroporto, as contas nunca fecharam. Houve alguns fatores externos:
redução na taxa de embarque, crise econômica em 2015 e agora o efeito Covid,
para citar os mais graves. Mas, eventualmente deve ter ocorrido mais algum
outro fator próprio ao tipo de investimento e ao modelo de gestão. Não sei,
acho não saberemos todos os detalhes.
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