“Acho que a recuperação da aviação não vai acontecer por um longo
período de tempo. . . Não vejo que o pior já tenha passado.”
Estes foram os termos de Akbar Al Baker, Presidente da Qatar
Airways quando questionado sobre a possibilidade de o mercado de voos retornar
a alguma normalidade agora que alguns países estão avançando bem na quantidade
de vacinas anti-Covid aplicadas. Apesar os exemplos de Israel ou Chile – na
verdade, pouco interferem na demanda da empresa – e dos Estados Unidos – a
demanda é maior –, a empresa não mantém o otimismo esperado, como declarou seu
representante neste final de semana. A entrevista, aliás, foi considerada uma
verdadeira ducha de água fria para o mercado.
Os americanos estão bem mais otimistas, claro, considerando que em
1-2 meses todos os maiores de 18 estarão vacinados e o mercado interno é muito
forte. Na Europa a vacinação avança, embora em ritmo menor e diferente, a Suíça
promete vacinar todo mundo em até 2 meses mas a França, Espanha ou Itália estão
em ritmo um pouco menos acelerado; por lá, o mercado interno também é elevado e
tem uma grande demanda por voos longos, justamente aqueles em que a Qatar
Airways tem investido mais. A política da empresa não segue a guerra de tarifas
baixas e para conseguir competitividade efetiva, tem que centrar sua oferta de
voos de maior duração, sobretudo os intercontinentais; talvez por isto, uma
parte do pessimismo.
Ao seguir a opinião de Al Baker, a vacina é um mero paliativo (e
se considerarmos o anúncio da Pfizer, no domingo, ou seja, após esta
entrevista, de que a vacina será anual), por isto não vê uma solução tão
imediata assim.
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