quarta-feira, 7 de abril de 2021

Nordestão, 100%

 

O Nordestão é o supermercado da “terra da gente”, diz a propaganda. Era uma forma de diferenciar do Carrefour, principalmente, e uma tentativa de fazer com que os consumidores locais valorizassem a empresa simplesmente por ter origem no RN. Isto funciona para alguns produtos e empresas mas, não para todos os casos. Produtos bons como da área de alimentação (sorvetes, por exemplo) ou da moda e que são genuinamente norteriograndenses, não conseguem a mesma identidade de outras marcas. E quanto mais jovem é o público destinatário e mais está associado à moda, parece que é mais difícil concorrer com marcas esportivas e modernas globais.

O Nordestão tem outro foco. E tenta encontrar seu espaço diante dos grandes, nacionais e internacionais. O “terra da gente” perde a identificação para supermercados com nomes bem brasileiros, tais Atacadão ou Assaí. A diferença tem ser outra, principalmente em tempos de compras pela internet quando o consumidor está se especializando em comprar sem olhar a cidade e menos ainda o país de fabricação. Tempos modernos, globalização tomando conta.

O Nordestão também foi na onda do atacarejo, história de fazer igual à concorrência se está dando certo.

Partiu, em tempos de pandemia, para vendas pela internet com entrega por aplicativos bem conhecidos. Curioso é que antigamente poderíamos encontrar as Kombi fazendo as entregas e isto era tão pouco valorizado... agora, até o Nordestão incentiva diretamente a compra à distância: em algumas lojas tem caixa exclusivo, uma forma de comunicar diretamente ao cliente da loja que se ele decidir pedir pela internet sua compra não demorará.

Tem ser assim, 100% igual ao mercado. Inovar quando necessário e possível, seguir (copiar) quando a liderança funciona e a tendência é  seguida pelo consumidor.

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