quinta-feira, 15 de abril de 2021

Uma nova política

 

A Lei 10.852/2011 que criou a “Política Estadual de Sementes de Cultivares e Mudas Crioulas” no RN tem um nobre propósito já a partir da área de atuação, a agricultura e, mais especialmente neste caso, a agricultura familiar. Não há, entendo assim, necessidade de se travar um debate entre agricultura familiar e agronegócio, não são opções antagônicas e não cabe um “ou” entre elas; na verdade, cabe um “e”, todos os estados e países podem muito bem conviver com as duas propostas. Algumas vezes esta duplicidade de agricultura ocorre em grandes centros urbanos que são abastecidos pelas grandes empresas do agronegócio como também pela pequena produção local, de vizinhança e até mesmo, em alguns casos, em hortas comunitárias em espaços perdidos (abandonados?) entre grandes prédios e conjuntos habitacionais.

Não é incomum encontrar esta proposta em grandes centros urbanos globais, sem mencionar ainda o crescente apelo ideológico pela produção local como uma possível alternativa para produto mais saudáveis sem o excessivo uso de agrotóxicos (as consequências desta micro produção podem ter seu aspecto negativo, isto, infelizmente, nunca é lembrado! Mas, é tema de outro assunto, para outro dia).

Esta pequena produção ainda tem a mesma base da grande produção: as sementes são, geralmente, de empresas tradicionais que atuam com melhoramento genético até para poder garantir ao consumidor que ele terá a certeza de sua colheita; curiosamente, para produzir em pequena escala utiliza-se da capacidade das empresas de grande escala.

Não é o caso desta nova política estadual.

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