domingo, 21 de agosto de 2011

Haverá limites para o consumo “verde”?

Os produtos “verdes”, aqueles que “protegem” a natureza buscam ocupar cada mais novos espaços na economia global, destronando aqueles que são poluidores por sua própria condição (agrotóxicos versus defensivos biológicos, por exemplo), por seu processo produtivo (mais ou menos água utilizada para sua fabricação), por sua integração com o meio ambiente (sacolas plásticas ou sacolas de papel?) e, mais recentemente, em função de sua produção de CO2.

Países europeus estão bem adiantados nessa prática em que o consumidor escolhe – ainda que possa ser mais caro – o produto que está em melhor integração com o meio ambiente, aquele que agride menos a natureza ou que produz menos resíduos (o problema da coleta de lixo nas grandes cidades).

O mercado produtor e o marketing não perderam a oportunidade nesse tempo todo: já vi produtos que constam em sua embalagem quanto gastam em água, quanto produzem de CO2 ou, ainda, quanto tempo demora para a embalagem ser decomposta.

Mas, essa outra notícia que vem de novo da Europa é inusitada! Empresas estão anunciando aos consumidores que seu produto chegou até no mercado importador e foi transportado de navio, não de avião! Isso mesmo, uma outro front da guerra é sob a poluição gerada em todas as etapas entre o mercado produtor e o mercado consumidor: tá na prateleira e foi enviado de avião? Então, consumidor, isso significa que você está contribuindo ainda mais para a degradação do meio ambiente...

Será que há limites para o consumo “verde”? Alguma razoabilidade ou tudo será explorado como instrumento de marketing pelo mercado: será, então, valorizar o produto ou conquistar o produto. Você realmente se interessaria em saber qual o meio de transporte do produto que você está consumindo?¡

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