segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sinal de desinvestimento?

O turismo já não é mais privilégio de estrangeiros e o fluxo do “dinheiro fácil” europeu (lembra do Euro da R$ 3,73?) parece não ter expectativa de retornar tão rapidamente - alguns dizem, nunca mais. Muitos investimentos nesse período de excesso de dinheiro foram aplicados no RN, sobretudo no turismo, mas também na segunda residência, consequência dos voos internacionais no Estado.

Agora, a situação é outra e o mercado já não absorve tanta expansão. Resultado: algumas empresas dão sinal de que o fôlego não é mais o mesmo e o padrão de retorno do valor investido não é mais tão interessante.

Em Pipa, ícone do turismo no Estado, algum movimento no sentido contrário aparece, ainda que impossível dimensionar seu impacto. A empresa HFPD Administração Hoteleira e Restaurante Ltda, com sede em Pipa, anuncia a diminuição de seu capital social com o reembolso de seus sócios do capital integralizado. A empresa, com capital social integralizado de cerca de R$ 208,0 mil reduz substancialmente tal montante para apenas R$ 151,5 mil e decide reembolsar os dois sócios em R$ 56,9 mil.

Em outras palavras, desiste de ampliar o investimento formal (reduzindo o capital social) ao mesmo tempo em que retira dinheiro do negócio (reembolso dos sócios).

O fato jurídico não explica as razões mas, considerando que os sócios continuam os mesmos, tudo indicaria tratar-se de capitalizar os sócios em detrimento da empresa. Exceção ou excepcionalidade? Torcendo, se possível, pelos dois...

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