sábado, 13 de agosto de 2011

Uma nova recessão atingirá o Brasil? Marolinha, tsunami ou...?

Já se passaram pouco mais de 1.000 dias da fatídica crise internacional de 2008 quando o banco norte-americano Lemon Brothers quebrou e levou, literalmente, todas as economias para os piores momentos das últimas décadas. Se até lá alguém ainda duvidava de algum efeito instantâneo da chamada globalização, depois dessa data convenceu-se (finalmente!) de que nada mais acontece isoladamente. A economia é cada vez mais interligada e os fenômenos, naturais ou não, lá do “outro lado do mundo”, qualquer que seja ele, nos atingem diretamente.

Escapamos, de certa forma, da crise de 2008. Não foi simples nem fácil, mas sobrevivemos sem todas as dificuldades que vemos hoje passar as economias tradicionais, principalmente da Europa. Escapamos, mas não saímos ilesos dessa história. Até hoje as prefeituras pagam o preço da crise – e quanto menor a prefeitura, maior o prejuízo – com a redução do IPI sobre vários produtos (automóveis, eletrodomésticos e material de construção de forma geral), a melhor forma de tentar manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda.

À época, a dúvida era se teríamos uma marolinha ou um tsunami. O então presidente Lula foi categórico, tratava-se de uma marolinha e a crise era coisa de gringo loiro de olhos azuis... dizia. Mas, funcionou, essencialmente pela redução da carga tributária que fez o brasileiro consumir aquilo que sempre desejou mas que os salários nunca permitiam. Resultado disso, nunca vendemos-compramos tantos carros novos como em 2008, 2009, 2010. O mundo inteiro em crise e nós, brasileiros, torrando as economias e andando de carro novo (a culpa do trânsito caótico em Natal deve-se a esse aspecto; mas é outra história!).

Agora, o carisma avassalador de Lula não está mais presente. A presidente Dilma, com toda a confiança que os índices de pesquisa oferecem, enfrenta turbulência, quase igual: mundo em crise, o Brasil caminhando e a dúvida, “que fazer?”.

Quem já se adiantou na tentativa de salvar a economia nacional foi Eike Batista que anunciou, será mesmo uma marolinha. Para quem já perdeu 2 bilhões em aplicações financeiras com a queda das bolsas (mesmo se isso representa apenas 4% de seu patrimônio), não dá para anunciar a chegada de um tsunami; afinal, nem ele escaparia.

Na verdade, ainda não sabemos se tsunami ou marolinha chegará aqui no Brasil. O mundo inteiro, no entanto, já sabe que é uma tsunami. E o “Lula” deles é bem diferente: é a China, comprando tudo e salvando todos.

Obama, entre outros, já aprendeu a dizer “xie xie”. Significa “obrigado” em chinês. Será esse o nosso caminho?

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