sábado, 2 de julho de 2011

A fusão entre os grandes supermercadistas. Qual a reação do Nordestão?

A megafusão que tem provocado uma megadiscussão acerca da participação do BNDES na disputa entre Pão de Açúcar, Carrefour e Casino deve deixar o mercado em ebulição nos próximos meses: havendo a fusão teremos forte concentração entre Pão de Açúcar/Carrefour dominando o mercado; se não houver, não há dúvidas a divergência Abílio Diniz/Carrefour trará outras reações. E investimentos.

 

Essa disputado setor já aconteceu no Rio Grande do Norte, em Natal, há mais de uma década com a chegada do Carrefour; depois tivemos o Pão de Açúcar (com as lojas Extra) e a mais recente aquisição do grupo norte-americano Walmart que continua em expansão. A Zona Norte foi a primeira área geográfica de expansão em Natal e, agora, essa semana, é na Grande Natal, com a loja em Parnamirim, que a disputa parece caminhar.

 

O Nordestão, legitimamente norte-riograndense, tem resistido heroicamente às investidas dos maiores grupos brasileiros e dos maiores grupos mundiais.

 

Se estivéssemos nos Estados Unidos ou na Europa o "case" Nordestão já estaria sendo exemplo em todas as escolas de negócios (gosto sempre de lembrar isso aos meus alunos: vale um livro o caso de sucesso Nordestão; um livro que, modestamente, gostaria de escrevê-lo).

 

Quando o Carrefour chegou em Natal, em um evento de marketing no Centro de Convenções, uma pergunta que provocou debates foi do próprio Nordestão: "como enfrentar um gigante do setor?". Eu estava lá e a resposta não foi muito animadora...

 

Hoje o Nordestão com suas lojas – completamente modificadas e remodeladas, fisicamente mas também no atendimento – consegue manter-se bem no mercado. Seu faturamento se aproxima dos grandes, embora a quantidade de lojas seja diferente. Mas, o Nordestão, no bom sentido, incomoda. E incomoda os grandes.

 

É chegada hora do Nordestão buscar novas alternativas! A briga de hoje ainda é (muito) maior.

 

Que fazer, quando não há expectativa – aparente, ao menos – de sucessão empresarial no comando das lojas? Vender, associar-se aos grandes ou adotar uma gestão empresarial?

 

O Nordestão precisará reagir, urgentemente. Mas, desta vez, somente o marketing não será suficiente.

 

 

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