quarta-feira, 20 de julho de 2011

Precisamos financiar os Estados Unidos?

Mania de grandeza, aplicação financeira ou puro companheirismo? Qual destas respostas se aplica ao fato do Brasil ser um dos maiores credores do Tesouro americano, tendo inclusive aumentado sua participação nos títulos da dívida pública daquele país?

De acordo com último levantamento indicado por aquele país, o Brasil detinha US 211,4 bilhões em títulos no último mês de maio. Isso posicionava o Brasil como o quinto maior credor estrangeiro, atrás apenas da China, do Japão, da Grã-Bretanha e de grupo de países produtores de petróleo.

Mas, qual a justificativa de sermos o 5º maior dos Estados Unidos? Exceto o fato de fazer uma aplicação financeira em que a credibilidade (ainda?) é uma das mais sólidas, faltam outros argumentos ou a sua utilização para justificar tanto dinheiro brasileiro em um país que, teoricamente, por ser o mais rico do mundo não precisaria.

No Rio Grande do Norte sofremos o impacto direto de duas políticas comerciais externas norte-americanas: o camarão, com a ação antidumping (aliás, recém renovada por mais cinco anos), e o melão, que não consegue concorrer com outros países do Continente pela diferença artificial de alíquotas que prejudicam a produção brasileira.

Não seria hora de barganhar essas vantagens para o Brasil? Se estamos aplicando tanto dinheiro lá fora – repetindo, são US 211,4 bilhões; isso em maio, mas já pode ser ainda maior hoje... – devemos vincular a algumas vantagens comerciais ou, no mínimo, a um equilíbrio mais natural dos aspectos econômicos.

O Brasil agradeceria. E o Rio Grande do Norte agradeceria mais ainda, sobretudo se contemplasse a nossa carcinicultura e a nossa fruticultura. Ou você emprestaria dinheiro simplesmente por “emprestar”?!

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